quinta-feira, 23 de abril de 2009

Independence Day - DIR YASSIN


"Especialmente aqui em Israel embora haja tanta política no cotidiano, mesmo na cena punk há geralmente um desinteresse real por política ou por como as coisas vão à nossa volta, então nós tentamos forçar as pessoas a ter consciência do que está acontecendo. Você não pode escapar e não fará muito bem se você fingir que não existe. A maioria das bandas punks canta sobre coisas como ficar bêbado, o que é justo, você tem isso em qualquer país, mas eu acho que aqui a situação é tão politizada que é impressionante que punk aqui seja tão apolítico. Em teoria deveria ser um terreno fértil para bandas punks mas a maioria delas não quer lidar muito com eventos políticos que acontecem aqui. Nossas músicas são bastante conscientes politicamente, lidando com nosso posicionamento. Nós queremos forçar esses punks que não ligam para política a pelo menos lidar com a realidade".


Independence Day (Dia da Independência)


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(Do S/T EP)

A bandeira da nação decora nossas varandas.
Nos territórios ocupados eles ainda estão quebrando os ossos.
E no seu centro, uma suástica de estilo sionista,
simbolizando a opressão judaica.

Cores pastoris banca e azul
não podem ocultar as manchas de sangue
de opressão, exploração e
discriminação que vem acontecendo
por cem anos.

Cultura militarista, cultura religiosa,
Qualquer outra cultura é anti-sionista.
Passar o dia enfrentando cenas
de opressão é o preço por 2.000
anos da nossa visão nacional.

Um complexo holocausto que limpa
você de qualquer culpa
de um genocídio que está em suas mãos.
Uma complexa identidade que fez você
ser pego em uma guerra que não é sua.

Sangue palestino tem irrigado este país
E trabalhador@s estrangeir@s o construíram.
Nós tod@s somos peg@s em uma máquina
Cujo único propósito é a injustiça social.

Anti-sionismo em um estado militar.


Israel 17.11, 10,2 e além...

Agora eu me sinto mais desconectado do que nunca deste país. Para todo lugar que olho eu vejo dor e exploração. Até a casa onde vivi metade da minha vida parece não como um álbum de minhas memórias infantis mas apenas como um instrumento de colonização sionista. Os eventos que ocorreram nestas últimas semanas vieram como um tempestuoso vento oriental e expuseram a verdadeira face da esquerda israelense. Se eu tinha minhas dúvidas sobre a disposição do lado israelense a retirar-se dos territórios numa tentativa de alcançar um acordo político (não faz sentido sequer pensar sobre progredir em qualquer problema social no sentido mais reformista), isso apenas estourou em meu rosto e espirrou gotas de cuspe grandes como melancias.
Quando os eventos começaram eu estava fora de Israel, mas lá mesmo eu já senti o fedor da direita tradicional voltando e espalhando seu ódio no coração das pessoas. Como viciad@s em ódio tentando parar seu uso, a nova onda de repugnância deu a el@s uma dose direto numa veia principal, no pescoço, e estava bombeando em seus corpos vibrantes, inflando as veias da testa e atirando por toda parte sem distinção. O "Novo Oriente Médio" que @s compadecid@s esquerdistas prometeram entregar não parece mais agora com um novíssimo shopping suburbano mas mais com um ferro velho de uma área industrial.
Helicópteros que continuam cruzando os céus num vai e vem distraem meu olhar dos avisos divulgando "deixe as IDF (Forças Armadas Israelenses) vencerem". A "política de contenção" israelense precisa ser deposta pela impaciência revolucionária das pessoas. Desejo mortal: fim o mundo, e tudo de guerra e morte para tod@s escapa de suas gargantas e a bíblia, talvez escrita por seus ancestrais, prova novamente que tem vida própria. Em ambas as religiões há um "efeito guerra sagrada" (como solução política) e @s crentes empurram ansiosamente el@s para perto de Deus, agora em um sentido "espiritual" e no futuro próximo em um físico também.
O lado israelense perdeu umas duas dezenas de pessoas até agora e a direita já está gritando e exigindo do governo para "tirar suas luvas de veludo" e avançar com a artilharia pesada. "Dê carta branca as IDF", el@s estão divulgando, em posters coloridos, e "morte aos árabes" gritam no segundo que a câmera aponta para el@s - sim, a mesma câmera que el@s culpam por não permitir as IDF de "colocar um fim em tudo" com bombas e aviões laçados no centro das vilas e cidades palestinas. Centenas de vítimas palestinas, milhares de ferid@s mas isso não os impede de jogar pedras - el@s não tem chance de usar artilharia pesada.
No começo eu estava feliz que as revoltas começaram perto da minha casa (mesmo com o medo pelas vidas de meus parentes me consumindo por dentro), "Tragam a guerra para casa", eu disse a mim mesmo com um sorriso. Já era tempo das pessoas verem frustração explodindo perto de suas casas de uma "perspectiva civil" (não estando ativ@s nas forças armadas) e não apenas pela TV. Por exemplo, eu fui ingênuo o suficiente em pensar que as pessoas tentariam pensar e compreender porque @s árabes israelenses - a população árabe que vive dentro da fronteira anterior à guerra de 67, e que são considerad@s cidadãos israelenses que supostamente desfrutam disso, estão protestando e jogando pedras no meio das cidades israelenses. Eu achei que el@s iriam acordar, abrir seus olhos e ver o que acontece nos territórios ocupados dia à dia, como a contínua "judaicanização" que acontece em todas as partes pelo país: desde o confisco de terras na Galiléia até a construção de apartamentos luxuosos em Jaffa. Obviamente, seria pedir demais
e não é tão divertido quanto analisar a mente do Arafat, o passatempo d@s "especialistas do oriente médio" israelenses.
Com esta completa camuflagem midiática, qualquer coisa pode parecer mais razoável do que a verdade oficial: é a situação atual outra "conspiração"? Por exemplo: depois de ler a história deste país, não seria tão difícil para mim acreditar que o estado de Israel forneceu as armas palestinas porque seu uso seria uma justificativa perfeita para usar tanques para expulsar palestin@s e para criar questões territoriais a lá 1948. Talvez seja apenas uma óbvia resposta popular à recusa de Israel em aceitar tudo que tenha haver com os acordos de paz. Mas outra possibilidade é que Israel nunca esperou alcançar um acordo de paz e apenas queria se livrar das áreas pobres e problemáticas e seus habitantes com um gesto de aceitação da comunidade internacional. Paz sem justiça é um conceito vazio nesse contexto. E justiça requer deste país muito mais do que a mentalidade atual pode oferecer.
A idéia de usar Dir Yassin como nome da banda era para tentar criar algum tipo de desconforto que (nós esperávamos) poderia levar à um despertar e libertação numa pequena parte da juventude local: trocar valores judaicos / sionistas por uma vontade de explorar aqueles lados da história israelense que não foram ensinados em nossas escolas. Mas ainda assim nossas pretensões eram limitadas e ninguém na banda era ingênuo o suficiente para acreditar que nós alcançaríamos mais do que um punhado de pessoas. Se o comportamento ou reação dos "posers" durante os eventos dos últimos meses pudesse ser considerada como um teste da receptividade de nossas idéias entre el@s, então nós sabemos que fracassamos.
Mas apesar da nossa desilusão, desespero e sentimento de fracasso, e mesmo com a influência dominante da mídia israelense no ocidente (onde a maioria das cópias deste disco irão acabar), eu sei que existem ouvidos abertos para @s palestin@s e para nós pelo mundo. Nós continuaremos tentando, e mais importante, @s palestin@s continuarão lutando.
Agradecimentos e solidariedade,
DIR YASSIN


O PROJETO SIONISTA (*)

Em 1948 um acordo entre um grupo de judeus imperialistas (sionistas), a Grã-Bretanha e a América criaram o Estado de Israel. Não surpreendentemente, o Estado Sionista é bem semelhante às outras missões imperialistas da Grã-Bretanha e da America pelo mundo.
A criação de Israel expulsou mais de três milhões de palestin@s de sua terra natal. Aquel@s que permaneceram vivem sobre um brutal estado de apartheid, como não judeus dentro de um sistema criado inteiramente para judeus. Não é incomum escutar @s sionistas se referem às/aos palestin@s como "baratas" ou "cães imundos".
Assim, palestin@s são tratad@s como @s negr@s americanas após a guerra civil, empurrad@s, escarrad@s, colocad@s em guetos, impiedosamente explorad@s e freqüentemente brutalmente agredid@s. Enquanto isso, qualquer judeu em qualquer parte do mundo é vigorosamente encorajad@ a morar na palestina, empurrando as pessoas para fora ainda mais.
Compreensivelmente, quando Israel declarou-se uma nação, em 1948, todas as nações árabes ao redor declararam guerra contra el@s. @s árabes perderam a guerra ainda mais a Palestina que as Nações Unidas prometeram aos sionistas. Novamente, em 1967, as nações árabes lutaram uma guerra contra @s sionistas, e novamente perderam. Ao final da guerra, Israel tinha seu exército posicionados na Cisjordânia, na margem ocidental do Rio Jordão, na Faixa de Gaza e na Costa do Mar Mediterrâneo.
A ocupação militar continua, e aumenta sua viciosa
dominação d@s palestinian@s. Centenas de novos subúrbios só para judeus desenvolvidos estão constantemente sendo construídos e milhares de colonos judeus (que escolheram ser israelenses) chegam para roubar grandes partes da palestina. Os colonos vêem sua presença na Cisjordânia e na Faixa de Gaza como um projeto missionários para apoiar a "sagrada" terra de Israel. El@s geralmente estão armad@s, e freqüentemente mostram seu apoio estilo KKKlan em campanhas de terror contra @s palestin@s.
Os assentamentos são conectados por atalhos patrulhados militarmente e estradas só para judeus, assim os judeus podem contornar as pessoas cujos terrenos estão roubando. A terra palestina está rapidamente sendo confiscada através de leis imperialistas que toleram roubo. O exército israelense desmatou milhares de árvores de oliva para quebrar a economia palestina. Casas palestinas freqüentemente são demolidas como punição por resistir à ocupação.
Os territórios ocupados são crivados de pontos de revista militar onde milhares de palestin@s são diariamente submetid@s à revistas degradantes pelos militares israelenses. A população palestina é obrigada a pagar uma série de impostos para financiar sua própria subjugação.
Tudo isto se encaixa dentro do modelo britânico na Irlanda, dos países baixos na África do Sul, do modelo americano nas Turtle Island, do modelo espanhol em terras astecas, e assim por diante. E a América apóia explicita e rigorosamente as políticas de Israel: com armas, dinheiro, helicópteros, propaganda, tanques e manipulação política.


A INTIFADA (*)

A palavra árabe "Intifada" é aproximadamente traduzida como "levante" ou "agitação." É a palavra que @s palestin@s escolheram para nomear sua luta popular contra Israel.
A Intifada original foi uma campanha maciça de inconformismo com o Estado Sionista abrangendo desde 1987 até 1992. A Intifada teve o apoio de quase 100% da população palestina e inclui: boicote às mercadoria israelenses, manifestações massivas, greves fiscais, greves d@s trabalhador@s, jogar pedras (1), cooperativas agrícolas, médicas, educacionais, habitacionais e de consumo para quebrar a ocupação israelense e para criar uma nova e independente nação palestina.
Embora unida sob a liderança da central de inclinação marxista da Organização para Libertação da Palestina (PLO), a Intifada foi efetuada por um complexo sistema de dezenas de "comitês de revolta" locais que poderiam permanecer funcionando mesmo quando muit@s de seus/suas líderes fossem pres@s.
Alguns dos mais respeitados lutadores da liberdade foram os shebab (literalmente "os rapazes"): a juventude palestina mascarada (alguns jovens de 7 ou 8 anos) que produziram graffitis, jogaram pedras para defender as comunidades e mataram palestin@s que colaboravam com Israel.
As mulheres também desempenharam um papel crítico na Intifada, participando em todos os níveis de resistência, enquanto continuavam exercendo a plena carga de tarefas exigidas pelas condições sexistas de sua sociedade. Em alguma medida, a necessidade por união na luta contra Israel permitiu um bom acordo em desestabilizar padrões patriarcais e expectativas normatizadas das mulheres.
A Intifada foi realizada enquanto Israel impôs duros (e às vezes com 24 horas de "atire se avistá-l@") toque de recolher em dezenas de cidades e vilas palestinas, às vezes por semanas à fio. As Forçadas Armadas Israelenses (IDF) freqüentemente matou palestin@s que "suspeitaram" serem "terroristas" (principalmente o shebab). Os israelenses explodiram palestin@s usando pequenos explosivos disfarçados para parecerem barras de chocolate para as crianças explodiram com o impacto do "doce".
Mas o espírito da Intifada era tal que, quando as casas ram demolidas ou as culturas de oliveiras eram destruídas pelos israelenses, as aldeias se uniam para plantar e reconstruir. E, quando @s trabalhador@s eram pres@s em suas casas pelo toque de recolher obrigatório, os comitês de revolta garantiam aos/às trabalhador@s salários completos pelo seu tempo fora de trabalho. Manifestações surgiram como que do nada e desapareciam dentro de quinze minutos; o shebab desaparecia no meio do resto da população palestina.
A Intifada estava por toda parte e em lugar nenhum.


UM BREVE HISTÒRICO DA OCUPAÇÃO (**)

De acordo com a decisão da ONU sobre a distribuição da terras entre @s palestin@s e os judeus, os últimos eram apenas 600.000 - 37 % da população - mas ficaram com 55% da terra. Quase metade dos palestin@s deveria ter ficado sob controle israelense. Esta decisão da ONU fez a Síria, a Jordânia, o Líbano e o Iraque unirem-se ao povo palestino na luta contra o novo Estado de Israel.
No final da Guerra de 1948 - que envolveu horríveis massacres (2) e expulsões - 2,5 milhão de palestin@s se tornaram refugiados. 737.166 palestinian@s foram expuls@s das suas casas
e terras. 531 aldeias palestinas foram inteiramente destruídas.
Na Guerra de 1967 Israel ocupou os montes Golã, Sinai, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Antes de 1967, apenas 400.000 palestin@s eram residentes de Israel. Na ocupação de 1967, 1,1 milhões de palestin@s se somaram (muit@s del@s já eram refugiad@s). Poucos dias após a guerra um pequeno grupo radical de esquerda israelense Matzpen ("Bússola") publicou este comunicado: "ocupação resulta em regime estrangeiro, que resulta em resistência, que resulta em terror e contra-terror. Manter-se em territórios ocupados nos tornará um povo de assassin@s e vítimas de assassin@s".
Existem 6 milhões de refigiad@s palestin@s pelo mundo hoje:
2.000.000 na Jordânia
500.000 no Líbano
500.000 na Síria
900.000 em Gaza
800.000 na Cisjordânia
1.300.000 em outros países
A Intifada (revolta) d@s palestin@s que começou em 1987 resultou no início do "processo de paz" em 1993. O governo de Rabin assinou o Acordo de Oslo com a PLO (Organização para Libertação da Palestina) e a maioria d@s israelenses sentiram que estávamos colocando um fim à ocupação e iniciando novas relações com @s palestin@s e com o mundo árabe. Mas a realidade nos territórios ocupados era diferente - áreas A, B e C separavam os palestin@s em Bantustans (3). As áreas A estavam sobre pleno controle palestino, as áreas B debaixo de um controle conjunto palestino e israelense, enquanto as areas C estavam sob completo controle Israelense.


O PROCESSO DE "PAZ" (*)


Em 1992, a PLO (Organização para Libertação da Palestina) assinou um "Tratado de Paz" conhecido como o Acordo de Oslo, Israel e os EUA cuidadosamente fabricaram os acordos para assegurar que @s palestin@s teriam uma ilusão de autonomia suficiente para garantir que parassem de lutar, mas nada substancial o bastante para ameaçar o imperialismo sionista-americano ou resultar em um ganho de qualquer liberdade verdadeira.
Semelhante ao acordo alcançado em 1947 de partilha da Índia (que resultou num massacre de mais de 2 milhões) e aos tratados que o exército norte-americano fez com as Lideranças Indígenas (4) por "enquanto a grama crescer e o sol brilhar..." (camuflagem do extermínio de mais de 95% da população nativa - mais de dez milhões de pessoas) o Acordo de Oslo era simplesmente outra arma do colonizador. Essencialmente, à Autoridade Palestina (PA) (5) foi dado o controle de policiar algumas pequenas porções da palestina ainda ocupada, desde que permanecessem leais aos objetivos sionistas. Os assentamentos continuariam, a construção de pontos de vigilância (revista) nas estradas continuaria, os Estados Unidos continuariam armando Israel, e um punhado da elite palestina poderia policiar sua própria população.


A INTIFADA DE AL-AQSA (*)


O fracasso grosseiro do "processo de paz" para trazer qualquer mudança cotidiana na vida d@s palestin@s, juntamente com a corrupção desenfreada da Autoridade Palestina e a ascensão ao poder do açougueiro assassino Ariel Sharon (6) em Israel, provocou a Segunda Intifada.
É conhecida como a Intifada de “Al-Aqsa”, por que em 28 de setembro de 2000, como uma provocação intencional, Sharon visitou a mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, desencadeando uma onda de revolta que foi o renascimento da Intifada Palestina. De volta dessa vez, o levante palestino é feroz e resistindo veementemente aos imperialistas bastardos. Atentados suicidas dentro das cidades Israelenses e assentamentos sionistas aumentaram em freqüência e força Muitas manifestações massivas incluíram pessoas armadas que atirariam em resposta ao exército israelense e um número de revoltas em larga escala eclodiram nos territórios ocupados. Essa nova Intifada é um tumulto furioso contra ambos as ocupações sionista e americana e a tradicional liderança palestina. A PLO e a PA terem aceitado descontroladamente riquezas e o papel de reprimir os levantes populares e convidando os EUA para derrubar revoltas palestinas estão agora sendo expostos pelo que se tornaram: inimigos da liberdade palestina.
Organizações islâmicas militantes, principalmente o Hamas, agora estão fazendo o papel de serviço social na comunidade palestina e na linha de frente dos ataques contra Israel. Israel responde a maneira dos verdadeiros colonizadores: nunca recuar para fortalecer sua sistemática dizimação do povo, das casas, e da dignidade d@s palestin@s (7).


NOTAS DE TRADUÇÃO:

1 - Essa Primeira Intifada (iniciada em 9 de dezembro de 1987) também é conhecida como "guerra das pedras".

2 - "O massacre de Deir Yassin se refere à matança de entre 107 e 120 civis palestinos desarmados (estimativa geralmente aceita pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Lehi) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948." Fonte: Wikipedia. Para saber mais sobre este massacre, veja o documentário "Deir Yassin Remembered": parte 1 / parte 2 / parte 3 / parte 4

3 - Bantustans são territórios atribuídos aos bantos (modo como se referiam aos negr@s na África do Sul). São territórios designados pelo regime vigente para manter um estado de segregação, com restrita autonomia política e gestão colonialista. Foi um instrumento utilizado contra as populações negras na África do Sul, contra os palestin@s e contra os curdos.

4 - Para saber mais sobre isso, recomendo o livro "Enterrem meu coração no curva do rio", de 2003, da Editora L&PM.

5 - "A Autoridade Palestina surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em Setembro de 1993 por Israel e a Organização para a Libertação da Palestina." Fonte: Wikipedia.


6 - Ariel Sharon liderou as Unidades 101 no Massacre de Qibya, no outono de 1953, quando cerca de 60 civis palestinos foram mortos num ataque na Cisjordânia. Observadores da ONU falaram que as pessoas foram impedidas de sair enquanto suas casas foram demolidas sobre elas.

7 - "Em fevereiro de 2005 o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon e Mahmoud Abbas, encontraram-se numa cimeira em Sharm al-Sheikh e declararam uma trégua que terminou com a intifada de Al-Aqsa. Em Setembro do mesmo ano, Israel deu por terminada a retirada dos seus co
lonatos da Faixa de Gaza e a partir de então a AP passou a assumir o controlo daquele território". Fonte Wikipedia. Mas novas tensões surgiram, e estão agravadas na autalidade, com a ocupação da Faixa de Gaza. Este é um tema para um post futuros. Sobre a vida em Gaza, veja o poema e os vídeos abaixo.



O ESTRANGEIRO (***)

Hayil'Assaqilah


Não se apoderem de meus olhos
Sou o estrangeiro
em busca de uma pátria
meu coração se esmigalhou
sobre as montanhas da neve, do sangue e da geada
caminhei com as crianças
me abandonaram
na noite da fome, do sangue e da geada
levantaram sobre minhas costas
as tábuas de meu ataúde

Não me exterminem
sou o estrangeiro
em busca de uma pátria...

que erro cometeu meu povo
para que viva hoje
numa terra em ruínas
que erro cometeu o pássaro
para que o joguem de um bosque a outro
que erro cometeu meu coração
para que derramem sobre ele
a catástrofe e tanta dor.


* Trechos selecionados e traduzidos livremente do informativo "International Intifada: An urgent call to participate in the colonizer’s execution" publicado e distribuído pela Firestarter Press (po box 50217 / baltimore, md 21211 usa). Junho de 2002, re-editado em abril de 2003.
** Trecho selecionado e traduzido livremente do informativo "Alternativa libertária" editado pela FDCA - Federeção Anarco-Comunista da Itália (Alternativa Libertaria CP 27 61032 Fano (PU) Italy / email: fdca@fdca.it). Retirado de uma palestra dada pelo jornalista Uri Aylon em Manchester em junho de 2004.
*** Poema retirado do livro "Poesia Palestina de Combate", publicado em 1981, pela Editora Achiamé, Rio de Janeiro.





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